A data do 25 de outubro é símbolo de um acontecimento histórico da ditadura militar que deu início à luta pela redemocratização e direitos humanos.
No Brasil, depois de um longo período de ditadura militar (1964 - 1984), houve a redemocratização do país e uma nova Constituição Federal de 88 que ampliou os direitos individuais e restabeleceu as liberdades públicas. Infelizmente Vladimir Herzog, também conhecido como Vlado, não teve a oportunidade de ver isso acontecer.
O Dia da Democracia, mesma data de seu assassinato em 1975, foi escolhido como uma forma de eternizar o ato trágico em memória viva para dar força à luta pelos direitos humanos que tantos jornalistas, assim como Vladimir, pregavam através do jornalismo crítico que faziam em prol da democracia.
O episódio histórico que interrompeu a vida dele é um dos milhares que aconteceram numa época sombria dentro do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI).
Atualmente seu legado permanece vivo através do Instituto Vladimir Herzog (IVH), que comemora 46 anos de luta e de reconhecimento jornalístico com uma das mais importantes premiações da categoria.
O Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos acontece desde 1979 e destaca projetos em diferentes modalidades como arte, fotografia, produção em áudio, vídeo, texto e livro reportagem dentro de um recorte que valoriza a democracia e os direitos humanos no Brasil.
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E como anda a democracia?
De acordo com um estudo publicado em março deste ano pelo relatório Variações da Democracia (V-Dem), do Instituto ligado à Universidade de Gotemburgo, na Suécia, atualmente o Brasil é o 4º país que mais se afastou da democracia em 2020.
Os dados são gerados de acordo com a contribuição de 3,5 mil pesquisadores e analistas, sendo que mais de 80% deles são vinculados a alguma universidade ao redor do mundo.
De acordo com a BBC, o resultado de cada país vem de dados estatísticos que medem aspectos como grau de liberdade do Judiciário e do Legislativo em relação ao Executivo, a liberdade de expressão da população, a disseminação de informações falsas por fontes oficiais, a repressão a manifestações da sociedade civil, a liberdade e independência de imprensa e a liberdade de oposição política.
"Quando perdemos a capacidade de nos indignar com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerar seres humanos civilizados", Vladimir Herzog.