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24.1.2022

Economia Solidária: uma relação de igualdade

Entenda como a ideia surgiu, como esse tipo de economia funciona e de que forma a gestão pública pode auxiliar.

Ampliar a visão é sempre uma boa atitude, assim os horizontes podem se abrir e construir novos padrões de mundo e de comportamento. A Economia Solidária é um desses exercícios. Saber como funciona e de que forma identificar novas possibilidades de se organizar na sociedade civil é uma possível alternativa de estruturar a vida coletivamente.

Sua ideia nasceu na Inglaterra, durante o século XIX, com o intuito de combater a pobreza e desigualdade por parte da população excluída. Seus princípios - diferentemente da Economia Capitalista - é valorizar o ser humano, a igualdade, a justiça e a sustentabilidade de forma autônoma, visando reduzir os efeitos colaterais de uma economia menos agressiva a médio e longo prazo. 

Presente em pequenas comunidades para aquecer a economia local, sua principal característica é ser uma autogestão: sem patrão nem empregado, pois todos os integrantes compartilham do empreendedorismo, seja uma associação, cooperativa ou grupo. Todos atuam ao mesmo tempo, sendo trabalhadores e donos. 

“A Economia Solidária é um movimento social que luta pela mudança da sociedade, por uma forma diferente de desenvolvimento, que leva às pessoas os valores de solidariedade, democracia, cooperação, preservação ambiental e direitos humanos” trecho retirado da cartilha popular Economia Solidária outra economia a serviço da vida acontece. 

Veja abaixo quais são as vantagens e desvantagens dessa formato econômico de acordo com a lista publicada no Politize:

VANTAGENS:

  • Inclusão social;
  • Não há relação patrão-empregado;
  • Modelo de organização aberta e democrática, onde os trabalhadores têm seus interesses acomodados em qualquer atividade;
  • Preservação dos valores culturais, de solidariedade, cooperação, direitos humanos e democracia, visto que é a população que faz funcionar;
  • Para cada moeda social que circula, existe seu correspondente em real nos cofres do Banco comunitário ou em conta bancária específica;
  • Incentivo ao comércio e consumo locais, e ao aprimoramento do trabalho e da inteligência partilhados e livres;
  • Preza pela sustentabilidade, incentivando o consumo de produtos saudáveis e não prejudiciais ao meio ambiente.

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DESVANTAGENS:

 

  • Pode haver falta de recursos e dificuldade de acesso ao crédito;
  • Dificuldade de encontrar fontes de financiamento;
  • Não há, em sua maioria, trabalho assalariado. Os lucros gerados são divididos entre os trabalhadores ou reinvestidos no empreendimento;
  • Não se pode demitir os trabalhadores, pois eles são proprietários dos meios de produção;
  • Falta de capital de giro (recurso financeiro necessário para financiar a continuidade das operações de uma empresa);
  • As empresas de autogestão são formadas por cooperativas que não possuem grande patrimônio pessoal e, comumente, têm grau mais reduzido de instrução;
  • Geralmente os empreendimentos são formados por uma pequena quantidade de capital e iniciam suas atividades com equipamentos obsoletos e com baixo grau de tecnologia.


Apesar de parecer uma ideia utópica, esse modelo de economia resgata os primórdios das transações comerciais, quando as pessoas trocavam mercadorias ao invés de usar a moeda oficial. Na economia solidária, a moeda social é caracterizada por ser uma moeda "fictícia" de acordo com o local, país ou região e atua na sua localidade. 

No Brasil, as moedas circulam em reais, mas como nome social. Em Palmas, onde foi fundado o primeiro Banco Comunitário, é importante deixar claro que as moedas sociais não substituem as oficiais. Elas exercem um papel de complementaridade com o objetivo de melhorar a vida dos habitantes locais. 

Tal melhora impacta na produção de trabalho, serviços e bens, limitando a prática aos envolvidos dentro daquela comunidade. E como o gestor pode ajudar nesse processo de Economia Solidária? Encontrando meios de participação com a sociedade civil que está à frente dessa alternativa. 

Uma das possibilidades é promover o apoio em editais e parcerias viabilizando essa nova estrutura social e econômica. Saber das demandas daquela comunidade e trazer políticas públicas para que possam entender onde estão as melhores soluções para combater a desigualdade e a evolução, faz parte também de uma gestão. 



DESVANTAGENS:

 

  • Pode haver falta de recursos e dificuldade de acesso ao crédito;
  • Dificuldade de encontrar fontes de financiamento;
  • Não há, em sua maioria, trabalho assalariado. Os lucros gerados são divididos entre os trabalhadores ou reinvestidos no empreendimento;
  • Não se pode demitir os trabalhadores, pois eles são proprietários dos meios de produção;
  • Falta de capital de giro (recurso financeiro necessário para financiar a continuidade das operações de uma empresa);
  • As empresas de autogestão são formadas por cooperativas que não possuem grande patrimônio pessoal e, comumente, têm grau mais reduzido de instrução;
  • Geralmente os empreendimentos são formados por uma pequena quantidade de capital e iniciam suas atividades com equipamentos obsoletos e com baixo grau de tecnologia.


Apesar de parecer uma ideia utópica, esse modelo de economia resgata os primórdios das transações comerciais, quando as pessoas trocavam mercadorias ao invés de usar a moeda oficial. Na economia solidária, a moeda social é caracterizada por ser uma moeda "fictícia" de acordo com o local, país ou região e atua na sua localidade. 

No Brasil, as moedas circulam em reais, mas como nome social. Em Palmas, onde foi fundado o primeiro Banco Comunitário, é importante deixar claro que as moedas sociais não substituem as oficiais. Elas exercem um papel de complementaridade com o objetivo de melhorar a vida dos habitantes locais. 

Tal melhora impacta na produção de trabalho, serviços e bens, limitando a prática aos envolvidos dentro daquela comunidade. E como o gestor pode ajudar nesse processo de Economia Solidária? Encontrando meios de participação com a sociedade civil que está à frente dessa alternativa. 

Uma das possibilidades é promover o apoio em editais e parcerias viabilizando essa nova estrutura social e econômica. Saber das demandas daquela comunidade e trazer políticas públicas para que possam entender onde estão as melhores soluções para combater a desigualdade e a evolução, faz parte também de uma gestão. 



Lívia Donadeli

Sobre o autor

Jornalista e gestora de projetos sociais com foco em ESG. Atualmente usa o audiovisual como sua principal ferramenta de narrativas de impacto. Acredita que histórias podem transformar as pessoas e pessoas transformam o mundo.