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29.11.2021

Saúde mental dos gestores precisa estar na pauta dos governos

O artigo do Apolitical traz luz ao tema mais falado ultimamente, o bem-estar mental. Entenda como fazer projetos que podem transformar a saúde mental no ambiente de trabalho.

Faz alguns meses que a Olimpíada trouxe para o debate público mais do que a quantidade de medalhas que cada país conquistou. A saúde mental se tornou tema principal dos jogos após o episódio de Simone Biles, uma das maiores estrelas da Ginástica Olímpica no mundo, que abandonou a competição em prol da sua saúde mental, por conta de estresse e ansiedade.

O assunto que, até então, era quase um tabu para ser discutido em locais como esse, teve uma forte repercussão mundial e trouxe luz para diversos setores, dentre eles, o setor público. No artigo do Apolitical, escrito por Scott Aquilina, gerente assistente de projeto de transformação e socorrista mental, discorreu sobre o assunto trazendo algumas visões de como os gestores públicos podem encarar essa nova realidade e de que forma trazer soluções eficazes para os governos locais. 

“Todo mundo tem saúde mental. Para a maioria, saúde mental é um conceito relativamente novo, mas é algo que sempre foi a chave para um bem-estar positivo”, comentou Aquilina. Ainda mais sob um longo período de pandemia que ainda estamos vivendo, a saúde mental está sendo cada vez mais relevante para o desempenho de cada indivíduo, principalmente no ambiente de trabalho, começando pela sua compreensão. 

“Estamos no início de uma jornada para educar as pessoas sobre o que é saúde mental, para que possamos criar ambientes onde as pessoas não sejam punidas por vivenciarem problemas de saúde mental, mas tenham empatia e apoio para que possam experimentar um bem-estar positivo. Faça essa pergunta a você mesmo: se alguém quebrasse a perna, deveria andar ou correr? Se alguém que vive com ansiedade e depressão crônica está passando por um momento ruim, essa pessoa teria o mesmo desempenho que teria em qualquer outro momento?” questiona o profissional em saúde mental.

Esse é o ponto de partida para entender três tópicos importantes antes de entramos nos programas que visam uma solução, são eles:

  • Qual é o problema? A saúde mental ainda é frequentemente uma doença descredibilizada e mal compreendida em locais de trabalho.

  • Por que é importante compreendê-la? Porque é algo que afeta a todos nós, seres humanos, sem exceções.

  • Qual seria uma solução? Tratar o tema com honestidade, abertura e educação para fazer as devidas mudanças.

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Como transformar a realidade

Para Scott Aquilina, há muito trabalho pela frente. Ele iniciou, junto com autoridades governamentais locais, um projeto de socorristas em saúde mental para estarem presentes em todas as organizações, de forma adequada e alinhada aos recursos internos, para que as pessoas busquem o apoio necessário para tratar com seriedade a saúde mental.  

“Essas são mudanças muito positivas, mas ainda são subutilizadas, pois seu valor ainda não é compreendido. No momento, isso é feito mais porque devemos ao invés de querermos”, destaca. 

Uma norma recém publicada pela ISO 45003 mostra a batalha mundial que vamos enfrentar diante das questões de saúde e segurança psicológica. Nela são fornecidas orientações práticas sobre o gerenciamento de saúde mental no trabalho e como gestores podem utilizar suas ferramentas para trazer o bem-estar para todos:

  • Altos níveis de esforço discricionário;
  • Melhor recrutamento, retenção e diversidade;
  • Engajamento aprimorado do trabalhador;
  • Maior inovação;
  • Conformidade legal;
  • Ausência ou redução de estresse no local de trabalho, esgotamento, ansiedade e depressão.


Saúde Mental no governo local

Como Scott comenta em seu texto do Apolitical, os governos locais estão constantemente enfrentando diversos cortes de fundos e recursos, e isso afeta a carga de trabalho dos funcionários, o que gera uma piora na saúde mental dessas pessoas. No Brasil a dinâmica não está sendo diferente. 

A ferramenta de mudança escolhida por Aquilina foi a identificação e as informações que pessoas de determinado setor possuem sobre o problema a ser enfrentado dentro das organizações. Aqui a proposta é seguir nessa mesma linha, trazendo dados locais para compreender melhor o tamanho do problema e começar a pensar nas soluções. 

A Social Good Brasil pode ser uma ótima ajuda para identificar esse problema dentro do nosso país, pois atuam como gerenciadores e educadores de dados. Além de divulgar, eles ensinam como navegar pelas informações levantadas. E adivinha: um deles é focado exclusivamente em questões de saúde mental. O objetivo da ferramenta é que a pessoa possa ler, analisar e tomar decisões em cima dos dados gerados por cada pesquisa.

O Ministério da Saúde publicou também no final do ano passado uma pesquisa sobre a saúde mental na pandemia, no qual a Social Good Brasil comenta no seu texto que, para se ter uma ideia, no ano passado o transtorno  mental mais presente entre os brasileiros foi a ansiedade (86,5%), seguida por transtorno de estresse pós-traumático (45,5%) e por depressão grave (16%).

Os dados e informações aqui compartilhados já são tentativas de gerar uma iniciativa junto aos gestores públicos. Saber mais sobre o assunto e encontrar soluções efetivas para os governos que “precisam” melhorar a forma de encarar os assuntos voltados para a saúde mental de seus funcionários é o começo de uma longa jornada. Como disse Scott Aquilina, “garantir que os gestores públicos estejam felizes e saudáveis ​​deve estar no topo da nossa agenda no governo local, pois eles são o nosso maior patrimônio." 

Como transformar a realidade

Para Scott Aquilina, há muito trabalho pela frente. Ele iniciou, junto com autoridades governamentais locais, um projeto de socorristas em saúde mental para estarem presentes em todas as organizações, de forma adequada e alinhada aos recursos internos, para que as pessoas busquem o apoio necessário para tratar com seriedade a saúde mental.  

“Essas são mudanças muito positivas, mas ainda são subutilizadas, pois seu valor ainda não é compreendido. No momento, isso é feito mais porque devemos ao invés de querermos”, destaca. 

Uma norma recém publicada pela ISO 45003 mostra a batalha mundial que vamos enfrentar diante das questões de saúde e segurança psicológica. Nela são fornecidas orientações práticas sobre o gerenciamento de saúde mental no trabalho e como gestores podem utilizar suas ferramentas para trazer o bem-estar para todos:

  • Altos níveis de esforço discricionário;
  • Melhor recrutamento, retenção e diversidade;
  • Engajamento aprimorado do trabalhador;
  • Maior inovação;
  • Conformidade legal;
  • Ausência ou redução de estresse no local de trabalho, esgotamento, ansiedade e depressão.


Saúde Mental no governo local

Como Scott comenta em seu texto do Apolitical, os governos locais estão constantemente enfrentando diversos cortes de fundos e recursos, e isso afeta a carga de trabalho dos funcionários, o que gera uma piora na saúde mental dessas pessoas. No Brasil a dinâmica não está sendo diferente. 

A ferramenta de mudança escolhida por Aquilina foi a identificação e as informações que pessoas de determinado setor possuem sobre o problema a ser enfrentado dentro das organizações. Aqui a proposta é seguir nessa mesma linha, trazendo dados locais para compreender melhor o tamanho do problema e começar a pensar nas soluções. 

A Social Good Brasil pode ser uma ótima ajuda para identificar esse problema dentro do nosso país, pois atuam como gerenciadores e educadores de dados. Além de divulgar, eles ensinam como navegar pelas informações levantadas. E adivinha: um deles é focado exclusivamente em questões de saúde mental. O objetivo da ferramenta é que a pessoa possa ler, analisar e tomar decisões em cima dos dados gerados por cada pesquisa.

O Ministério da Saúde publicou também no final do ano passado uma pesquisa sobre a saúde mental na pandemia, no qual a Social Good Brasil comenta no seu texto que, para se ter uma ideia, no ano passado o transtorno  mental mais presente entre os brasileiros foi a ansiedade (86,5%), seguida por transtorno de estresse pós-traumático (45,5%) e por depressão grave (16%).

Os dados e informações aqui compartilhados já são tentativas de gerar uma iniciativa junto aos gestores públicos. Saber mais sobre o assunto e encontrar soluções efetivas para os governos que “precisam” melhorar a forma de encarar os assuntos voltados para a saúde mental de seus funcionários é o começo de uma longa jornada. Como disse Scott Aquilina, “garantir que os gestores públicos estejam felizes e saudáveis ​​deve estar no topo da nossa agenda no governo local, pois eles são o nosso maior patrimônio." 

Lívia Donadeli

Sobre o autor

Jornalista e gestora de projetos sociais com foco em ESG. Atualmente usa o audiovisual como sua principal ferramenta de narrativas de impacto. Acredita que histórias podem transformar as pessoas e pessoas transformam o mundo.