Você sabe quais são as medidas que mais têm surtido efeito no combate ao coronavírus? Neste artigo te apresentamos sete delas que estão sendo adotadas pelo mundo.
Desde que a Organização Mundial da Saúde decretou o Covid-19, mais conhecido como coronavírus, como uma pandemia, governos de todo o mundo estão tomando medidas para combatê-lo e proteger a população.
Com base em algumas matérias feitas pela BBC, neste artigo mostraremos 7 medidas que estão sendo tomadas pelos países e as melhores práticas a serem realizadas nesta situação.
A realização de testes para identificar casos de Covid-19 tem sido primordial no combate à doença.
Segundo a OMS, testar todas as pessoas com sintomas é essencial para evitar a propagação da doença.
A Coreia do Sul, por exemplo, tem testado 10 mil pessoas por dia.
Contudo, a maior parte dos países só está realizando testes em casos mais graves, o que dificulta o combate ao vírus.
Outra política que tem sido adotada pelos países com maior número de casos, como Coréia do Sul, China e Itália, é o isolamento das pessoas que estão infectadas pelo vírus, ou até mesmo de regiões inteiras com grande incidência de casos.
Os chineses possuem um hotel para quarentenas, local para onde são enviadas pessoas com o vírus para que possam se recuperar e não contaminem familiares e outras pessoas de seu convívio.
Muitos governos, inclusive em alguns estados do Brasil, estão cancelando eventos com mais de 500 pessoas e incentivando as pessoas a ficarem em casa, trabalhando em modo home office.
O isolamento e a suspensão de aglomerações têm sido fundamentais para evitar a disseminação do vírus e a contaminação de mais pessoas.
Cingapura, Taiwan e Hong Kong também tem aderido ao isolamento e caso as pessoas descumpram essa medida, podem ser obrigadas a pagar multas equivalentes a 15 mil reais.
A França vem seguindo esse caminho e a população deve ficar em isolamento por um período de 15 dias, saindo de casa apenas por motivos importantes.
A Itália está em estado de isolamento total desde o dia 9 de março e outros países da União Européia, como a Espanha, estão fechando suas fronteiras.
O tempo é um fator decisivo no combate ao coronavírus. No mês de janeiro, o Taiwan começou a rastrear passageiros vindos de uma região da China que foi o epicentro para a pandemia. Já Hong Kong iniciou a medição de temperatura nos aeroportos, além de deixar as pessoas recém chegadas de viagem em isolamento por um período de 14 dias.
Regiões da Europa e nos EUA não estavam preparadas para enfrentar esse tipo de pandemia e tiveram uma reação tardia ao problema, fazendo com que ele tomasse proporções muito maiores.
Para prevenir o contágio, o distanciamento social é fundamental.
O governo de Hong Kong orientou que as pessoas trabalhassem de casa e suspendeu as aulas.
Grande parte dos estados e cidades brasileiras têm feito o mesmo, além de adotar outras medidas, como fechar os shoppings, comércios e cinemas, cancelar eventos com muitas pessoas e conscientizar a população sobre a importância de evitar aglomerações.
A promoção de medidas de higiene, como lavar as mãos, utilizar álcool em gel 70% e cobrir o nariz e a boca com o braço antes de tossir também têm sido muito eficazes no combate à pandemia.
Após a crise com a Síndrome Respiratória Aguda Grave, os asiáticos desenvolveram o hábito de sempre higienizar as mãos e utilizar máscaras quando estão doentes.
Nas ruas do Taiwan há dispensadores de álcool em gel para que a população utilize.
No Brasil, diversas cidades estão fazendo campanhas de conscientização e prevenção de contágio, tanto que o álcool em gel e máscaras encontram-se em falta em diversas farmácias e supermercados.
Incentivos financeiros também têm sido utilizados pelos governos para combater a crise do coronavírus.
O Brasil anunciou um montante de 147,3 bilhões de reais para serem investidos nas áreas de saúde, trabalho e assistência à população vulnerável. Também será antecipada a 1ª parcela do 13º salário aos aposentados.
Os EUA investirão cerca de 700 bilhões de dólares na economia, além de reduzir sua taxa de juros para quase 0.
A França suspendeu a tramitação da reforma da previdência, adiou eleições municipais e suspendeu cobranças de impostos, água, gás e aluguéis.
Para contornar essa crise, se faz urgente o investimento em pesquisa e saúde, para que os doentes sejam curados e vacinas sejam desenvolvidas.
A Espanha, por exemplo, irá estatizar hospitais privados para garantir atendimento a todos, alegando que somente a rede pública não tem dado vazão à demanda.
Já o Brasil investirá 5 bilhões no combate à epidemia de coronavírus e alguns estados suspenderam as férias de profissionais da saúde.
A França resolveu definir por decreto o preço do álcool em gel, já que a demanda pelo produto disparou nas últimas semanas.
E aí, gostou das medidas que as nações têm adotado? Acha que faltou alguma?
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Ana Mendonça é jornalista e gestora de políticas públicas. Defensora de uma linguagem simples na administração pública, acredita no poder do cidadão e no protagonismo do gestor.