Neste artigo, o Enio Sierras destaca diversos pontos que devem ser considerados na hora de votar e faz um apelo a todos os brasileiros para estas eleições.
O personagem Cooper no filme Interestelar (Christopher Nolan, 2014) é um homem corajoso, decidido a enfrentar o desconhecido em busca de alternativas para os problemas do planeta terra.
A ideia era encontrar uma solução que pudesse manter as reservas naturais que estavam se extinguindo. Na ocasião, ele é a pessoa mais preparada para conduzir uma missão quase impossível.
E é com este enredo que gostaria de apelar para a busca da solução aos nossos problemas que são comuns, como cidadãos.
Quando um problema comum é identificado, pensamos em diferentes e possíveis soluções para minimizar ou retardar os impactos na sociedade.
Entretanto, a tomada de decisão por alguém que não tem capacidade técnica, ou ainda, que tenha inclinações pessoais a determinado assunto, pode afetar sobremaneira milhões de cidadãos que se tornam vítimas de um só líder. Ter o mundo nas mãos, pode levá-lo à ruína. Por outro lado, um bom líder pode salvar a humanidade.
Esperamos do líder político que tenha a postura de comando que beneficie a população, que apoie, invista e acompanhe as ações realizadas para resolver os problemas na terra. É preciso um líder que conduza as decisões por meio de evidências e estatísticas, e não por opiniões pessoais ou achismos terceiros. Qualquer decisão errada pode colocar em risco a vida de milhões de pessoas.
Ao iniciar as pesquisas medicinais contra o novo coronavírus, um exemplo prático do mal que assola o planeta terra como um todo (vemos a situação de desespero em muitas famílias nesta situação, e imaginemos também como foi conviver com a gripe espanhola por quase duas décadas em 1920), todos os envolvidos na condução de impacto do desafio, seja equipe médica, OMS, ONG’s, ONU, cientistas e investigadores, continuam se desdobrando em análises e estudos, para salvar a vida de quantas pessoas forem possíveis. E são neles a quem confio a tomada de decisão final, após o juízo temerário.
Os efeitos deste desafio da humanidade são catastróficos. Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), foram confirmados no mundo 42.966.344 casos de COVID-19 (435.528 novos em relação ao dia anterior) e 1.152.604 mortes (5.172 novas em relação ao dia anterior) até 26 de outubro de 2020.
A verdade é que estamos todos ansiosos por uma cura, para salvar a humanidade, e poucos líderes são como Cooper, determinados e dispostos a entregar o que tiverem para apoiar soluções em favor à humanidade. Se há uma definição para o orgulho, há de se lembrar na época da escola, do capitão do time que dizia “Eu sou o dono da bola, e todos vão jogar como eu ditar”. É frustrante observar atitudes de líderes despreparados, que deveriam representar a maioria na tomada de decisão.
Não quero culpar um ou outro pela gravidade e pelos resultados da atual situação em relação ao maior desafio enfrentado pelo mundo hoje. Mas quero chamar a atenção e fazer um apelo ao fato de que apoiar, eleger e promover um líder despreparado pode nos conduzir com maior velocidade à ruína da nação. O contrário também é verdade, e as excelentes atitudes da primeira-ministra na Nova Zelândia, Jacinda Ardern, não me deixam mentir.
Que saibamos identificar quem são os Cooper, ou ainda, as mulheres que farão história na humanidade, ocupando posições que já deviam ocupar há muito tempo, provando que a capacidade de liderar não se limita a gênero. Que encontremos quem são os corajosos, preparados e dispostos a assumirem a missão desafiadora, porém conhecida, que é a política do nosso país. Assim como Cooper, determinados a doar o que for necessário, pensando primeiro no coletivo e deixando de lado interesses mesquinhos e pessoais.
Empreendedor, estudante da Brigham Young University e interessado na boa política e no bem-estar das pessoas. Está se preparando para um dia contribuir de maneira direta na política de nosso país.