Você sabe o que são cidades sustentáveis? 

De forma resumida, as cidades sustentáveis são projetadas com um modelo de desenvolvimento que respeita os recursos naturais e atende às necessidades da população. 

Inclusive, o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11 (ODS 11) da Agenda 2030 da ONU foi criado especialmente para falar sobre cidades e comunidades sustentáveis. Você pode participar da consulta pública sobre o tema clicando aqui. 

A ONU estima que em 2050 ao menos dois terços da população estarão morando em áreas urbanas, principalmente pelas oportunidades de trabalho que as metrópoles oferecem. Com uma projeção como essa, as cidades precisam se adaptar para atender a demanda futura. 

Neste artigo iremos falar sobre cidades sustentáveis e porque elas chegaram para ficar.

5 benefícios das cidades sustentáveis

As cidades sustentáveis chegaram para ficar e trazem benefícios para a vida de todos. Listamos alguns deles pra você. São eles: 

1. Usa  energias renováveis, como a energia solar e eólica, que diminuem os poluentes gerados no município; 

2. Oferece opções de mobilidade de qualidade para a população com valores justos, como transportes públicos e calçadas caminháveis, com opções para estimular que a população utilize menos carros particulares;

3. Possui moradias dignas para a população, evitando a formação de assentamentos informais como as favelas; 

4. Protege o patrimônio nacional e cultural, podendo ser material ou imaterial; 

5. São planejadas para ser cidades resilientes, com planos para lidar com possíveis desastres naturais com baixo número de mortes e poucas perdas econômicas. 

Esses são alguns dos benefícios das cidades sustentáveis, seguindo as metas da ONU na ODS 11 da Agenda 2030. 

‍As consequências da falta de cidades sustentáveis

A falta de cidades sustentáveis traz consequências sérias para o meio ambiente, mas também agrava problemas urbanos. Algumas destas consequências são: 

Segregação urbana

A falta de distribuição das oportunidades de trabalho pode supervalorizar o valor de residências próximas aos centros econômicos e com isso boa parte da população, sobretudo da classe trabalhadora, se afasta cada vez mais dos seus locais de trabalho. 

Richard Florida, historiador e analista urbano, conclui, em tradução livre, em seu livro “The New Urban Crisis” (A Nova Crise Urbana) que:

“Embora o agrupamento impulsione o crescimento também aumenta a concorrência por espaço urbano limitado. Quanto mais coisas se agrupam no espaço, mais cara fica a terra; quando a terra fica mais cara, os preços da habitação ficam mais altos e certas coisas são ainda mais empurradas para fora.” 

Aumento da poluição

Um estudo de Oxford conclui que até 2030 a temperatura deverá subir 1,5 graus Celsius, como consequência da emissão de gases que contribuem para o efeito estufa sobretudo nas grandes cidades. 

Crescimento do número de favelas

A falta de moradias dignas a preços acessíveis resulta no aumento de assentamentos irregulares, que muitas vezes não possuem saneamento básico e deixam as pessoas de baixa renda expostas a poluição e vulnerável a doenças. 

Enchentes

As principais causas das enchentes são as construções irregulares, impermeabilização do solo, excesso de lixo e locais sem estrutura adequada. 

Áreas verdes são essenciais para a retenção das águas das chuvas, podendo reter até 85% do volume de água. Por isso, quando tiramos o verde da cidade estamos tirando uma barreira natural que contribui com o cotidiano de todos os cidadãos. 

Agora que você conhece os benefícios e entende porque as cidades sustentáveis chegaram para ficar, participe da consulta Cidades Sustentáveis, uma parceria entre o Colab e o ONU-Habitat para mapear a percepção dos brasileiros sobre suas cidades. 

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