A celebração continua sendo um símbolo de luta e transformações para a comunidade LGBTQIA+, confira neste artigo a história por trás desta data.
A exclusão de gêneros sexuais infelizmente não é uma pauta que pertence a atualidade, ela é arrastada por muitos anos de intolerância, nos Estados Unidos, por exemplo, nos anos 60, era proibido os gays se reunirem em locais públicos por motivos de 'desordem'. A violência manifestada no final desse mesmo ano causou um movimento maior após a famosa Rebelião de Stonewall.
O acontecimento foi no bairro de Nova Iorque, em 1969, no bar Stonewall Inn que recebia o público LGBTQIA+, quando teve uma abordagem violenta da polícia contra 13 pessoas, que foram levadas à prisão, em 28 de junho do mesmo ano, mesma data em que aconteceu um incêndio no local da denúncia.
A manifestação da comunidade nos dias seguintes foi de mobilizações em vários pontos da cidade, que reuniam milhares de pessoas para defender a causa e a liberdade de amar pessoas do mesmo gênero, das mais diversas formas de ser, viver e se vestir.
O episódio ganhou força um ano depois que teve a passeata, em memória do acontecido, onde uma multidão marchou do bar até o Central Park, considerada a primeira 'Parada Gay' dos Estados Unidos, determinando assim a data da luta no movimento popular internacional conhecido e celebrado até os dias de hoje.
Atualmente, o dia do orgulho LGBTQIA+ é celebrado numa dimensão mundial, no qual muitos países abraçam a causa em prol de respeito, conscientização e empatia.
A palavra orgulho é exatamente o antônimo de vergonha, adjetivo usado ao longo de muitos anos para oprimir e intimidar pessoas da comunidade. A afirmação de se orgulhar de quem é na sua essência, mesmo sendo 'fora dos padrões' da sociedade, é aplicada a cada indivíduo que sofre por ter uma escolha diferente dos demais, se tornando uma minoria esmagadora. É possível ver uma luz no fim do túnel quando gestores públicos se propõem a fazer ações de cidadania para a comunidade LGBTQIA+, como publicamos neste artigo de boas práticas, dando luz às necessidades de inclusão e de políticas públicas.
Se faz mais do que urgente e importante discutir a pauta desta data e analisar a quantidade de pessoas públicas que representam a comunidade dentro dos espaços de políticos, como, por exemplo, o ex-deputado Jean Wyllys, a deputada estadual Erika Malunguinho e a vereadora Lins Robalo que estão a frente de causas para a comunidade.
Recentemente o deputado Alexandre Frota fez uma Proposta de Emenda no Código Eleitoral (4.737/65) que proíbe a violência política eleitoral contra candidatos LGBTQIA+ e a divulgação de informações pessoais com o objetivo de ofender a dignidade do candidato, no Projeto de Lei 78/21, que tramita dentro da Câmara dos Deputados. Confira a matéria na íntegra aqui no portal da Câmara.
“A Constituição tem como fundamento a dignidade da pessoa humana e como um de seus objetivos, uma sociedade livre, justa e solidária. Infelizmente, os preceitos constitucionais não são respeitados quando se trata de pessoas identificadas como travestis, transexuais, transgêneros, homossexuais, bissexuais e queer. Elas encaram muitas dificuldades, tanto no mercado de trabalho formal quanto para concorrer a cargos eletivos”, afirma Frota.
Quanto mais representatividade em cargos públicos, mais chances de transformar a sociedade livre de discriminação, preconceito e violência. Nós do Colab apoiamos a causa e lutamos juntes todos os dias para vencer a intolerância. Viva a diversidade, viva o amor, viva a vida!
Jornalista e gestora de projetos sociais com foco em ESG. Atualmente usa o audiovisual como sua principal ferramenta de narrativas de impacto. Acredita que histórias podem transformar as pessoas e pessoas transformam o mundo.