Entenda como a ideia surgiu, como esse tipo de economia funciona e de que forma a gestão pública pode auxiliar.
Ampliar a visão é sempre uma boa atitude, assim os horizontes podem se abrir e construir novos padrões de mundo e de comportamento. A Economia Solidária é um desses exercícios. Saber como funciona e de que forma identificar novas possibilidades de se organizar na sociedade civil é uma possível alternativa de estruturar a vida coletivamente.
Sua ideia nasceu na Inglaterra, durante o século XIX, com o intuito de combater a pobreza e desigualdade por parte da população excluída. Seus princípios - diferentemente da Economia Capitalista - é valorizar o ser humano, a igualdade, a justiça e a sustentabilidade de forma autônoma, visando reduzir os efeitos colaterais de uma economia menos agressiva a médio e longo prazo.
Presente em pequenas comunidades para aquecer a economia local, sua principal característica é ser uma autogestão: sem patrão nem empregado, pois todos os integrantes compartilham do empreendedorismo, seja uma associação, cooperativa ou grupo. Todos atuam ao mesmo tempo, sendo trabalhadores e donos.
“A Economia Solidária é um movimento social que luta pela mudança da sociedade, por uma forma diferente de desenvolvimento, que leva às pessoas os valores de solidariedade, democracia, cooperação, preservação ambiental e direitos humanos” trecho retirado da cartilha popular Economia Solidária outra economia a serviço da vida acontece.
Veja abaixo quais são as vantagens e desvantagens dessa formato econômico de acordo com a lista publicada no Politize:
VANTAGENS:
DESVANTAGENS:
Apesar de parecer uma ideia utópica, esse modelo de economia resgata os primórdios das transações comerciais, quando as pessoas trocavam mercadorias ao invés de usar a moeda oficial. Na economia solidária, a moeda social é caracterizada por ser uma moeda "fictícia" de acordo com o local, país ou região e atua na sua localidade.
No Brasil, as moedas circulam em reais, mas como nome social. Em Palmas, onde foi fundado o primeiro Banco Comunitário, é importante deixar claro que as moedas sociais não substituem as oficiais. Elas exercem um papel de complementaridade com o objetivo de melhorar a vida dos habitantes locais.
Tal melhora impacta na produção de trabalho, serviços e bens, limitando a prática aos envolvidos dentro daquela comunidade. E como o gestor pode ajudar nesse processo de Economia Solidária? Encontrando meios de participação com a sociedade civil que está à frente dessa alternativa.
Uma das possibilidades é promover o apoio em editais e parcerias viabilizando essa nova estrutura social e econômica. Saber das demandas daquela comunidade e trazer políticas públicas para que possam entender onde estão as melhores soluções para combater a desigualdade e a evolução, faz parte também de uma gestão.
Jornalista e gestora de projetos sociais com foco em ESG. Atualmente usa o audiovisual como sua principal ferramenta de narrativas de impacto. Acredita que histórias podem transformar as pessoas e pessoas transformam o mundo.