As plataformas educacionais estão cada vez mais presentes na vida dos jovens estudantes, veja alguns estudos de caso neste artigo.
Para adentrar no tema educação digital, precisamos antes falar sobre tecnologia e suas nuances. A “Experiência do Usuário” mudou toda a dinâmica de produtos e serviços digitais, trazendo ações que garantem uma experiência mais agradável com foco na usabilidade do usuário, esta que afeta desde compras online até agendamentos eletrônicos de serviços públicos.
Também conhecido em inglês como “UX (user experience)”, o termo foi inventado por Don Norman, professor de ciência cognitiva (ciência da computação com foco em trabalhos relacionados a engenharia da usabilidade). Norman diz que um produto (ou um serviço) é um conjunto coeso e integrado de experiências.
“Pense em todas as etapas de um produto ou serviço — desde as intenções iniciais até as reflexões finais, desde o primeiro uso até a ajuda, serviço e manutenção — e faça com que todos trabalhem juntos perfeitamente.”
Entender e planejar as necessidades dos usuários é o ponto de partida de um design de experiência para desenvolver um produto, mas e quando esses usuários são alunos e professores? É possível prestar um serviço de acordo com as demandas escolares? Se sim, como?
Não só é possível, como essa movimentação já está acontecendo. No Artigo do Apolitical, Ozge Karakaya, Designer UX da Commencis e ex-integrante da reforma da educação na Turquia, fez um breve estudo de casos destacando o Brasil como um dos cases.
Confira abaixo algumas das plataformas educacionais que estão sendo projetadas para o desenvolvimento nacional dos países:
Concentrada no apoio a professores e alunos, a plataforma Geekie foi um dos destaques do designer, nela é possível encontrar uma experiência dentro de todas as categorias da formação escolar com materiais didáticos baseados no UX.
A Education Information Network (EBA), criada pelo Ministério da Educação Nacional da Turquia, é o principal exemplo que Ozge traz na sua avaliação, pois nas palavras dela, é uma das maiores plataformas nacionais de educação do mundo em número de usuários.
“No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer antes que a plataforma possa ser usada de forma mais eficiente” explica a designer turco.
Assim como as demais plataformas citadas acima, por ser um novo caminho descoberto pela sociedade, já que o formato digital teve seus avanços na pandemia e ainda encontra desafios em sua integração social, principalmente por conta da acessibilidade, Ozge pontua:
“Aumentar o acesso não garante acessibilidade. Embora tenham sido tomadas várias providências para os alunos com necessidades especiais no processo, a EBA não conseguiu levar em conta as diferenças entre alunos e professores em termos de idade, sexo, idioma, alfabetização digital e estilos de aprendizagem/ensino”.
Com objetivo de facilitar o aprendizado, o formato EAD (ensino a distância) já é bem disseminado por plataformas de ensino digital, principalmente pelas universidades, porém esse novo método de ensino está sendo novidade para escolas de primeiro, segundo e terceiro grau. O que desencadeia um novo aprendizado para estabelecer a dinâmica de usabilidade com qualidade.
“O design centrado no usuário nunca deve 'terminar' e não se deve esperar que as ideias sejam perfeitas para implementação” orienta Ozge.
As necessidades dos usuários — nesse caso, os alunos — sempre terão novas atualizações na experiência do usuário, uma vez que estão em constante evolução. O foco é promover a cooperação entre instituições e pessoas, alinhando sempre com políticas públicas, o que determina a confiança, prosperidade e responsabilidade de um projeto a longo prazo.
Acompanhe a série "Governo Digital: Expandindo Limites" e descubra como transformar o setor público.
Jornalista e gestora de projetos sociais com foco em ESG. Atualmente usa o audiovisual como sua principal ferramenta de narrativas de impacto. Acredita que histórias podem transformar as pessoas e pessoas transformam o mundo.