Provavelmente você já escutou alguém perguntar se outra pessoa era de esquerda ou de direita, mas sabe o que esses termos representam na política? Neste artigo explicamos o que são e qual sua história
Provavelmente você já escutou alguém perguntar se outra pessoa era de esquerda ou de direita, mas sabe o que esses termos representam na política?
Usadas desde a Revolução Francesa, a esquerda e a direita são duas palavras que há séculos ajudam a definir o alinhamento político das pessoas. Contudo, com o passar dos anos os termos foram ganhando novos significados e nos anos de eleições sempre voltam à tona, seja nos noticiários ou nas conversas cotidianas.
Neste artigo falaremos sobre a história de origem dos termos esquerda e direita na política e porque são utilizados até hoje.
Para falar sobre o surgimento destes termos na política, precisamos antes falar sobre história. Mais precisamente, a história da França.
Entre os anos de 1789 e 1815, ocorreu na França o evento que chamamos de Revolução Francesa. Esse evento foi um processo revolucionário que deu origem aos termos esquerda e direita na política e causou mudanças significativas na história do território.
Com todas essas mudanças, parlamentos foram criados por todo país para discutir os interesses da população e neles havia um orador que falava no centro, enquanto as pessoas se dividiam para esquerda e direita.
Os aristocratas (girondinos) eram conservadores, pois defendiam os privilégios da igreja, o sistema de classes que existia no antigo regime e os benefícios da aristocracia. Na opinião deles, grandes mudanças já haviam acontecido no país e não eram mais necessárias.
Os burgueses (jacobinos), que na época pagavam a conta dos privilégios da aristocracia e da igreja, sentavam do lado esquerdo e defendiam o republicanismo, secularismo e o livre mercado. Para eles, grandes mudanças ainda estavam por vir e eles queriam fazê-las acontecer.
Naquela época a democracia era muito excludente e as classes mais baixas, como trabalhadores e camponeses, não possuíam representantes nos parlamentos.
Dentro desse contexto os termos esquerda e direita surgiram na política e são utilizados até hoje.
Com o passar dos séculos, a democracia e a sociedade evoluíram muito e esses avanços trouxeram muitas transformações para o cenário político. A aristocracia, que antes era temida e admirada, perdeu poder em boa parte dos países onde estava, as metrópoles surgiram e o capitalismo se intensificou.
Como consequência desses avanços, os termos “esquerda” e “direita” na política passaram também por transformações ganhando novos significados.
Conhecidos por valorizar a igualdade social, os indivíduos que se identificam como “de esquerda” defendem que a sociedade deve oferecer segurança social para todos, opõem-se à desigualdade, principalmente a econômica, e enxergam a sociedade como um coletivo que deve agir em benefício daqueles que estão em desvantagem.
Algumas ideias tradicionais da esquerda na política são:
Os indivíduos que se identificam como “de direita” na política costumam valorizar a independência e as consequências de ações de cada indivíduo, promove a igualdade político-jurídica e considera uma consequência da competição dos indivíduos livres a desigualdade social como algo inevitável e natural.
Algumas ideias tradicionais da direita na política são:
Atualmente, dizer que alguém é de “esquerda” ou de “direita” somente é muito raso, pois considera-se que existem 7 grupos de espectros políticos. São eles:
Extrema esquerda – Esquerda – Centro-esquerda – Centro – Centro-direita – Direita – Extrema-direita
Existe ainda o modelo britânico “Political compass” (Bússola política) que traz uma sequência de questões para que no final o avaliado encontre seu lugar dentro do gráfico político.
A escala econômica sinaliza como a pessoa avaliada gostaria que a economia funcionasse em seu país.
Por exemplo: Quanto mais à esquerda do diagrama estiver, maior é a vontade de ter a economia sendo controlada por uma agência coletiva. No extremo da esquerda está o comunismo.
A escala social diz o quanto a pessoa avaliada acredita que o Estado deva intervir na vida pessoal da população.
Por exemplo: Quanto mais libertário, mais liberdade para a população e menos atuação do Estado. Quanto mais autoritário, maior a intervenção do Estado na vida das pessoas.
Vale ressaltar que essas são algumas das características da esquerda e da direita na política e assim como muitas coisas na vida, a política não é preto no branco.
Agora que você conhece a história dos termos esquerda e direita na política, envie esse artigo para um amigo e continue no blog para aprender mais com nossos conteúdos.
A pesquisa é realizada pelo ONU-Habitat através do Colab e ajuda a mapear as cidades brasileiras que são realmente sustentáveis.
Publicitária metida a escritora que gosta de falar sobre criatividade na gestão pública e é uma grande amante dos pães de queijo.