Pesquisa realizada pela International Center for Research on Women promove a equidade de gênero como desenvolvimento inteligente de políticas públicas.
Em artigo publicado pelo Apolitical, as pesquisadoras Chimaraoke Izugbara, Heather Marlow, Laura Hinson, Elizabeth Anderson, Erin Leasure e Connor Roth, fizeram um relatório que revela a “varredura global de políticas de igualdade de gênero eficazes e promissoras” dos Estados Unidos sobre o tema, e que pode ser aplicado em outros lugares do mundo.
Financiada pela ICRW (International Center for Research on Women), o artigo destaca recomendações do relatório e traz luz aos direitos das mulheres na área da saúde e na equidade de gênero de forma mais ampla, tornando-se assim uma leitura importante para os gestores públicos: como aplicar na prática transformações dentro do setor?
O relatório identifica como tais políticas podem se enquadrar na equidade, assim como de que forma os gestores podem operacionar, medir e monitorar o progresso em direção a elas, garantindo resultados positivos e sustentáveis.
Foram analisadas políticas desse porte em onze países: Canadá, Estônia, Islândia, Nova Zelândia, Nicarágua, Ruanda, Cingapura, Eslovênia, Espanha, Tunísia e Reino Unido. Essas políticas diziam respeito à participação política, participação econômica e oportunidades, saúde ou educação.
Veja o resumo de alguns dos exemplos inspiradores que podem ser aplicados dentro das políticas públicas desses países, assim como no Brasil:
A maioria das pesquisas, segundo o relatório, se concentrou em destacar por que e como as políticas de equidade de gênero falharam. Este relatório opta por examinar iniciativas de políticas de igualdade de gênero eficazes e promissoras - respondendo assim à necessidade de apoiar o aprendizado global, inspirar ações e orientar a formulação de políticas adicionais.
Sua explicação é particularmente importante no contexto americano, já que o progresso sobre o tema estagnou nas últimas décadas. “Normas, expectativas e práticas baseadas em gênero que desfavorecem meninas e mulheres, incluindo mulheres cis e transgêneros, persistem junto com interpretações binárias de gênero na formulação de políticas, alocação de recursos e prestação de serviços” exalta o estudo.
Além disso, a pandemia "desvendou e intensificou ainda mais a interseção das desigualdades com deficiência, raça, doença crônica, papéis de gênero, orientação sexual, identidade de gênero e pobreza”.
Esse estudo é pertinente para todos os gestores que estão envolvidos na criação, promoção ou implementação de políticas de gênero. Recomendamos a leitura na íntegra do relatório, ele está disponível para download através do site da ICRM.
Jornalista e gestora de projetos sociais com foco em ESG. Atualmente usa o audiovisual como sua principal ferramenta de narrativas de impacto. Acredita que histórias podem transformar as pessoas e pessoas transformam o mundo.