10/6/2020
Governo

A revolução digital durante a quarentena

Este artigo destaca as principais ações digitais que revolucionaram governos e organizações durante a quarentena.

Em poucos dias, vimos nossas rotinas mudarem completamente. Lojas e empresas fechadas, aulas suspensas, trabalhar de casa, cuidados de higiene quadruplicados…   

A questão é que, apesar de tudo isso ter mudado, nós não deixamos de ter diversas necessidades, como acesso à saúde, convivência social, educação e alimento. 

Muito pelo contrário, agora mais do que nunca temos anseios de estarmos próximos dos nossos entes queridos, cozinhar e experimentar novos pratos, nos informar e aprender, isso sem contar os eletrônicos e eletrodomésticos que resolveram quebrar bem no meio da quarentena!

Ainda bem que estamos em uma época na qual é possível driblar distâncias, fazer compras, participar de confraternizações e até consultas médicas sem sair de casa: a era digital.

Para isso, as empresas (públicas e privadas) precisaram se adaptar a nossa nova realidade em um tempo recorde. Algo que demoraria meses para acontecer, precisou ser desenvolvido em dias. 

Te conto a seguir sobre alguns casos que mais me chamaram a atenção neste período.

Terceiro Setor

Milhões de crianças, tanto da rede pública quanto da privada, tiveram suas aulas presenciais suspensas por conta da pandemia. Coube às escolas, aos pais e aos professores se reinventarem para que as crianças continuassem aprendendo em casa.

Professores do primário se tornaram professores EAD em dias e passaram a gravar, editar e publicar vídeo-aulas.
Os pais se tornaram monitores de sala de aula, auxiliando as crianças com os conteúdos e revisando tarefas.

Outra ação que também fez muita diferença foi a parceria da Google For Education com a Somos Educação, que permitiu que mais de 70 mil professores ministrassem aulas ao vivo para seus alunos através da plataforma Plurall (que antes só hospedava aulas gravadas). Desde então, foram realizadas cerca de 15 mil aulas online por dia. 

Setor Público

Com a pandemia, a Prefeitura de Santo André precisou se reinventar no atendimento ao cidadão.

Os serviços com atendimento presencial passaram a ser oferecidos pela internet, de modo que todos os atendentes, do modo presencial ou telefônico, estão se revezando para atender os cidadãos dentro de suas próprias casas. 

Calma, que as pessoas não estão indo até as residências dos gestores, todo o atendimento está sendo realizado através da internet, com cada um instalado em sua respectiva casa. 

O Colab também ajudou bastante a prefeitura a enfrentar esta crise, já que grande parte dos cidadãos andreenses está habituada a fazer suas solicitações pelo app.

Outro bom exemplo de utilização do meio digital é o pagamento do auxílio emergencial por parte do Governo Federal. Todo o trâmite de solicitação, avaliação e disponibilização do benefício tem sido feito pela internet.

Setor Privado

Duas empresas que chamaram bastante a atenção durante esta quarentena foram a Magazine Luiza e a Amil.

A Magalu, como é popularmente conhecida, investiu pesado no e-commerce e lançou um marketplace para pequenas empresas venderem seus produtos através da loja. Autônomos também estão ganhando comissão na venda de produtos da empresa varejista.

O CEO da companhia, Frederico Trajano, declarou nos últimos dias que a única forma de conciliar economia e saúde é através do meio digital. As operações de e-commerce da empresa cresceram 138% nos meses de abril e maio, em relação ao mesmo período no ano passado. 

Outra empresa que também inovou em meio à crise foi a Amil Saúde. A companhia de seguros de saúde, que já realizava consultas via internet desde o ano passado, intensificou o atendimento médico online durante a quarentena para que seus associados possam tirar dúvidas e receber orientação especializada sem precisar sair de casa e sem correr o risco de contaminação em hospitais.

A companhia também investiu pesado em marketing, tenho certeza que você já viu, pelo menos, um comercial da marca falando sobre isso.

E o Colab?

Aqui no Colab nós também inovamos. Estamos em regime de home office desde o início da quarentena em São Paulo. Assim como todas as empresas, estamos nos adaptando à distância, mas também temos descoberto formas de estar perto mesmo estando fisicamente longe. 

Continuamos auxiliando as prefeituras e a população com a gestão pública colaborativa e agora, estamos atuando também com a vigilância participativa através do Brasil Sem Corona.

Até agora, mais de 23 mil pessoas já reportaram seus sintomas e estão ajudando cerca de 1.500 municípios a terem ideia da ação da Covid-19 em seus territórios. Cidades como Caruaru (PE) e Teresina (PI) estão utilizando os dados gerados pelo Brasil Sem Corona para tomar decisões, como definir os locais onde devem ser direcionados os testes para detecção do coronavírus .  

Como você tem se adaptado à quarentena? Me conta =) 

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A revolução digital durante a quarentena

Ana Mendonça

Ana Mendonça é jornalista e gestora de políticas públicas. Defensora de uma linguagem simples na administração pública, acredita no poder do cidadão e no protagonismo do gestor.